O mundo azul chega ao universo dos games

O melhor: é divertido e descontraído| O pior: missões repetitivas

Como muitos já dizem e você também deve saber, quando um filme baseado em game é anunciado e depois lançado, há sempre aquele pé atrás. Isso porque de 9 entre 10 games baseados em filmes pecam por não entreterem e nem divertirem como um game que se preze deve fazer. Porém, é reconfortante poder afirmar que é o game de Avatar foi bem-feito e é divertido.

Tive a oportunidade de participar da pré-estréia do filme em que o jogo se baseou quando ele foi lançado, em dezembro passado. Com isso, pude ver dentro de uma sala IMAX (uma tela gigantesca em 3D) todos os detalhes e beleza que o mundo criado por James Cameron oferece. O filme realmente é uma excelente diversão. Descontraído, bonito e cheio de clichês que fazem as pessoas normalmente verem o filme como uma peça de entretenimento legal.

E o game traz a mesmíssima experiência, só que com menos possibilidades visuais e gráficas. Ele diverte tanto quanto o filme e é cheio de clichês, também como o filme. Mas os clichês foram puxados de jogos bons. Algo como a visão em terceira pessoa como em Lost Planet ou o sistema de skills como Mass Effect. Mesmo assim, calma, o jogo não é tão maravilhoso e conta com diversos problemas. Entre eles, está a repetição. Muitas missões iguais podem fazer com que você nem se apegue ao jogo desde o começo.

Outra coisa desanimadora são os controles dos Na'vi, as criaturas azuis que vivem no mundo de Pandora. Com você desde o começo escolhe um personagem (e um Avatar ao mesmo tempo), há a possibilidade de jogar dos dois lados. Como humano ou como Na'vi. Ocorre que a diferença do humano é que ele é muito mais poderoso e fácil de jogar. Isso prejutica certos momentos do jogo, já que você escolhe mais para o final se quer ficar do lado do Povo do Céu (humanos) ou do lado dos Na'vi.

A parte sonora do game também não impressiona. As músicas se tornam também algumas vezes repetitivas e os diálogos dos personagens não convencem, são bastante rasos e bobos. Além disso, os NPCs (personagens não jogáveis) deixam a desejar e dizem frases idênticas várias vezes.

Particularmente, apesar de ter citado vários erros, acredito que o game seja bom dentro de seus limites pelo motivo de investimento. Assim como o filme, que James Cameron tomou à frente com cerca de 230 milhões de dólares investidos e que somando os gastos de marketing e distribuição chegou a quase meio bilhão de dólares, o game também certamente teve um apoio financeiro forte, diferente de outras empreitadas no meio.

Uma das grandes funcionalidades de “James Cameron's Avatar: The Game” é a possibilidade de curtir o jogo diretamente em 3D. No entanto, e apesar da Ubisoft estar bastante orgulhosa desta funcionalidade, só será possível para uma pequena parte da população de jogadores. Isso porque é necessário ter uma televisão que consiga reproduzir em 120 Hz e que projete luz polarizada. Além disso, é essencial ter óculos especiais e ainda ter o console ligado por cabo HDMI.

“Avatar: The Game” tem tantos pontos positivos quanto negativos. Ocorre que eles ficam em uma balança equilibrada, pois ao mesmo tempo que você pensa em dar uma chance ao game e começa a se divertir, outros fatores podem fazer você desistir de jogar.


Plataforma: _Xbox 360_ | _PC_ | _PS3_

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